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O que Freud explica?

Freud explica que estamos enganadíssimos ao supor que temos consciência e controle sobre tudo que dizemos e fazemos. Quer dizer, somos habitados, também, por um inconsciente.



O que é inconsciente para a Psicanálise?


O termo “inconsciente” antes de Freud era utilizado como um adjetivo, dizia do que não era consciente, desacordado. Freud utiliza-o, substantivamente, para nomear um sistema psíquico diferente dos demais e dotado de atividade e lógica próprias.


O inconsciente freudiano não é o caos, o mistério, o ilógico ou a parte louca de cada um de nós. Também, não é aquilo que se encontra abaixo da consciência.


É uma parte do sistema de funcionamento psíquico, tem sua parcela de participação em nossos comportamentos, falas e emoções.


O inconsciente funciona de uma forma própria e se expressa em uma linguagem diferente da racionalidade. Usa de expressões indiretas para se manifestar, tais como os esquecimentos, atos falhos, os sonhos e os sintomas.


Daí, nossas escolhas na vida não serão somente determinadas pelo consciente, mas também por este outro sistema que compõe a mente.


Chaves, personagem de um seriado da televisão, dizia “foi sem querer querendo” e assim mostrava de uma forma cômica, a participação importante deste outro modo de construção de um pensamento.


Essa concepção do psiquismo ajuda a entender porque o único que pode se explicar é o próprio sujeito, o legímito “dono” de seu inconsciente. Só ele sabe, sem saber que sabe.


Em alguns momentos perguntamos: o que faço aqui? O que torna minha vida tão insuportável? O que posso fazer para encontrar uma solução? O que acontece comigo? São perguntas fundamentais, mas não são fáceis de serem respondidas sozinho.


Em Psicanálise supomos que é o próprio sujeito que está se curando, à medida que se pergunta e se põe a falar na sua análise.



A cura é pela fala. Freud diz que as pessoas podem achar estranho que meras palavras possam curar ou aliviar os sofrimentos da mente e do corpo, mas as palavras possuem uma certa “magia”. Afinal, temos um dito popular bem ilustrativo desse aspecto do falar: “quando a cabeça não pensa, o corpo adoece”. Ao falar vamos pensando e construindo, através da linguagem, uma nova maneira de compreender os nossos sofrimentos, as nossas escolhas, a nossa história. Porém, é só sair falando o que vier a cabeça para qualquer um, em qualquer lugar? Não, é preciso falar a um psicanalista no processo de análise. Psicanalista é o profissional que possui uma graduação de nível superior, submeteu-se a um intenso processo de análise pessoal e faz seu longo percurso nos estudos da Psicanálise e em supervisão da sua clínica. Ou seja, tem compromisso ético com o tripé da formação.


Fazer uma análise é, também, suportar a ideia de que se precisa de ajuda e que, assim, se colocará a descoberto os sentidos secretos dos nossos sofrimentos.


A Psicanálise simplifica a vida. Ela fornece o fio que leva um ser humano para fora do labirinto de seu próprio inconsciente.” Sigmund Freud



Daisy Lino

Psicanalista e membro do TRIEP

daisy_lino@hotmail.com



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