Em uma análise, somos convidados a falar e ao fazê-lo contamos com surpresas ao se ouvir. Ao se escutar surgem novas possibilidades em como soa uma frase, momentos em que a voz embarga, se sorrimos, aparecem duplos sentidos, falas inesperadas, graça, riso...
E por aí vamos, criamos e recriamos nossas experiencias e enriquecemos as possibilidades de leituras com metáforas e metonímias antes não percebidas. Substituímos Mariazinha por uma flor e esbarramos no convite de se escrever amor, convite do som das palavras e do amor que se sente. Do “or” da flor, do amor, da dor... “or not”! Assim a poesia da vida invade a análise, nos surpreendemos e caminhamos por tudo aquilo que se encontrava parado e a vida acaba por caminhar também... A vida tem poesia e se trabalhamos suas palavras colhemos seus poemas.
Gustavo Florêncio Fernandes
Psicanalista, membro do TRIEP
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